Para o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), o BC deveria intervir na política de câmbio para reduzir a valorização do dólar frente ao real
Debates na Câmara dos Deputados sobre Selic e a Cotação do DólarDeputados discutiram no Plenário da Câmara dos Deputados as críticas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à decisão do Banco Central (BC) de manter a Selic em 10,5%. A cotação do dólar subiu, fechando a R$ 5,66.
Críticas e Preocupações:
– Luiz Lima (PL-RJ): Argumentou que a manutenção da taxa Selic por unanimidade, inclusive pelos indicados do Executivo, demonstra tecnicidade na decisão. Criticou Lula por fomentar a figura da inflação e elevar o dólar, chamando isso de irresponsabilidade fiscal.
– Marcel van Hattem (Novo-RS): Afirmou que, com o fim do mandato de Roberto Campos Neto em dezembro, Lula ficará sem um “bode expiatório”. Expressou preocupação de que o novo presidente do BC, indicado por Lula, possa seguir uma política irracional, prejudicando o Brasil.
Defesa do Governo:
– Gleisi Hoffmann (PT-PR): Destacou os indicadores econômicos positivos do governo, com crescimento do PIB em 2,9% e inflação de 4,62%, contrastando com previsões mais pessimistas do mercado. Defendeu que Lula deve continuar a falar as verdades.
– **Lindbergh Farias (PT-RJ):** Sugeriu que o BC deveria intervir na política de câmbio para reduzir a valorização do dólar, utilizando as reservas cambiais para fazer swap cambial e controlar a inflação.
– **Márcio Jerry (PCdoB-MA):** Criticou Campos Neto por proteger lucros e especulação, pedindo mais responsabilidade do presidente do BC.
– **José Nelto (PP-GO):** Reconheceu a baixa taxa de desemprego, mas alertou que a alta do dólar pode prejudicar a economia, afetando a inflação e o poder aquisitivo da população. Afirmou que a disputa entre o mercado, Lula e Campos Neto não beneficia o povo brasileiro.
Dados Importantes:
– Taxa Selic: Mantida em 10,5%.
– Cotação do Dólar: Fechou em R$ 5,66.
– Taxa de Desemprego: 7,1% no trimestre encerrado em maio, o menor nível desde 2014.
– Indicadores Econômicos: PIB cresceu 2,9% em 2023, inflação caiu para 4,62%.
Conclusão:
Os debates na Câmara refletem uma divisão entre críticas à política do Banco Central e defesa das decisões do governo Lula. Enquanto alguns deputados acusam o presidente de gerar instabilidade econômica, outros destacam os avanços econômicos e defendem a necessidade de intervenção e comunicação eficaz das ações governamentais.
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