No entanto, o Índice de Expectativas (IE-S) se recuperou após dois meses consecutivos de queda, subindo 2,4 pontos, alcançando 93,7 pontos.
A confiança no setor de serviços do Brasil apresentou uma leve queda em junho, decorrente da deterioração na percepção da situação atual no setor, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) diminuiu 0,2 ponto, atingindo 94,0 pontos, registrando sua terceira queda consecutiva após declínios em maio e abril.
“O primeiro semestre se encerra com uma piora na confiança do setor de serviços. O resultado de junho reforça a percepção dos últimos meses de perda de fôlego do setor, desta vez com resultados piores na situação presente”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre, em comunicado.
“O segundo semestre ainda é incerto quanto ao futuro dos negócios, que, apesar da melhora dos índices de expectativas, se mantém distante de um patamar de otimismo”, acrescentou.
A queda no ICS foi influenciada pela piora na percepção sobre a situação atual no setor, medida pelo Índice de Situação Atual (ISA-S), que teve uma redução de 2,9 pontos, caindo para 94,4 pontos.
O recuo no ISA-S foi provocado por uma diminuição nos dois indicadores que compõem o índice. O número sobre o volume de demanda atual caiu 3,1 pontos, para 94,6 pontos, enquanto o dado de situação atual dos negócios recuou 2,8 pontos, atingindo 94,1 pontos.
Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-S) se recuperou após dois meses consecutivos de queda, subindo 2,4 pontos, chegando a 93,7 pontos.
Seus dois indicadores também apresentaram alta. O número da demanda prevista para os próximos três meses cresceu 4,0 pontos, atingindo 95,6 pontos, o maior nível desde outubro de 2022, e o dado de tendência dos negócios para os próximos seis meses subiu 0,8 ponto, alcançando 91,9 pontos.
“O cenário macroeconômico agora é de interrupção no ciclo de queda da taxa de juros, enquanto os resultados positivos no emprego e na renda podem ser fatores importantes para retomar a recuperação da confiança do setor”, disse Pacini.
Após sete cortes consecutivos na taxa Selic, agora em 10,5% ao ano, o Banco Central optou, em sua última reunião de política monetária, por interromper o ciclo de afrouxamento monetário, apontando maiores incertezas nos cenários doméstico e externo.
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