O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA passou a 3,90% em 2024

 

Expectativas do Mercado e Política Monetária: Perspectivas para Inflação, Taxa de Juros e PIB

 

Inflação

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central indicou uma ligeira alta nas expectativas de inflação:
– IPCA para 2024: 3,90% (anteriormente 3,88%)
– IPCA para 2025: 3,78% (anteriormente 3,77%)
– IPCA para 2026 e 2027: mantida em 3,60% e 3,50%, respectivamente

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Taxa de Juros (Selic)

A pesquisa mostrou expectativas para a taxa Selic:

– Fim de 2023: 10,25%, com um último corte de 0,25 ponto percentual esperado na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)
– Fim de 2024: mantida em 10,25%
– Fim de 2025: ajustada para 9,25%, uma redução menor do que os 9,18% projetados na semana passada

Produto Interno Bruto (PIB)

As projeções para o crescimento do PIB também foram ajustadas:
– 2024: estimativa de crescimento revisada para 2,09% (anteriormente 2,05%)
– 2025: previsão mantida em 2,0%

Comentários das Autoridades Monetárias

– Gabriel Galípolo, Diretor de Política Monetária do BC**: Enfatizou que, apesar das surpresas positivas no mercado de trabalho, esse cenário pode tornar o processo de desinflação mais lento e custoso.
– Roberto Campos Neto, Presidente do BC**: Destacou a importância de observar as expectativas futuras de preços na condução da política monetária.

Conclusão

As expectativas do mercado para a inflação estão ligeiramente acima das metas do Banco Central, sugerindo desafios na política monetária para controlar a inflação. A perspectiva de um ajuste mais moderado na taxa Selic em 2025 reflete um cenário de menor afrouxamento monetário devido às incertezas econômicas. As estimativas para o crescimento do PIB indicam uma visão relativamente estável, com uma leve melhora para 2024. Esses fatores combinados sinalizam um cenário econômico complexo, onde a política monetária deve ser cuidadosamente calibrada para equilibrar crescimento e controle inflacionário.