Rodrigo destacou a importância das diversas etapas, que incluíram a participação de especialistas, agências reguladoras, empresários e a população afetada.

No pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (15), o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) destacou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem (BRKM5) realizou um importante trabalho.

A CPI solicitou que dirigentes e técnicos da Braskem envolvidos no desastre ambiental provocado pela extração de sal-gema, que resultou no afundamento de cinco bairros em Maceió (AL), sejam indiciados.

Durante 90 dias, o colegiado investigou e concluiu que a exploração indiscriminada, sem os devidos cuidados, foi responsável pela tragédia.

Rodrigo ressaltou a importância das diversas etapas, que envolveram especialistas, agências reguladoras, empresários e a população afetada, além da própria Braskem.

Todos os especialistas [consultados] afirmaram que é inaceitável que uma área urbana seja sujeita a uma exploração daquela magnitude, capaz de retirar mais de 700 mil caminhões de sal-gema. Realmente, é algo inimaginável.

O senador criticou os acordos firmados pela Braskem que, segundo ele, coagiram as pessoas a saírem de suas residências em troca de “indenizações injustas”.

O parlamentar também destacou a negligência dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental, como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas e a Agência Nacional de Mineração.

Rodrigo ressaltou que relatórios apresentados pela Braskem buscavam atribuir o incidente a causas naturais, ignorando as evidências científicas.

O relatório final da CPI indiciou cerca de 12 pessoas e a empresa por diversos crimes, marcando um importante passo na busca por justiça.

Foi uma CPI que buscou a verdade, que teve começo, meio, e o fim não vai ser hoje.

Porque nós vamos acompanhar cada passo que será dado em benefício da população de Alagoas, numa busca constante de não permitir que a impunidade seja o combustível para que crimes como esse continuem acontecendo, não só em Alagoas, mas em todo o Brasil,enfatizou.